Recentemente, tive o imenso prazer de entrevistar a diretora da Escola Municipal Professor Souza Carneiro, que fica na Penha, Rio de Janeiro. Antes de entrevistá-la, não tinha noção do tamanho da surpresa que teria ao ouvir sua história. Cada vez mais amo esse aspecto da vida de jornalista: ouvir as pessoas e o que elas tem para contar. Isso enriquece, alimenta, nos lembra que o mundo é tão, tão maior do que imaginamos.
Eliane Ferreira tem 30 anos atuação na educação, 20 dos quais dedicados à gestão. Mesmo assim, ao chegar à Souza Carneiro, ela também teve uma surpresa. Encontrou uma escola marcada por um estigma e cercada de pessoas que, por um hábito já arraigado, acabavam sendo o principal fator a reforçá-lo. A escola era conhecida como “Carandiru” em 2012. No ano passado, 2015, foi reconhecida pelo MEC como uma instituição inovadora e criativa. O resultado veio após um trabalho de muito amor, paciência, dedicação e coletividade.
Foto do prof. Marcel Maciel |
Publiquei uma matéria no Porvir sobre a escola, contando a história de reconstrução que a levou a se reerguer. A repercussão está sendo muito gratificante. Fico muito feliz, pois a história de Eliane, do professor Marcel Maciel, dos alunos e de toda a comunidade envolvida na instituição merece ser conhecida e reconhecida por muitos. Foram eles que a fizeram deixar o estigma para trás, e se tonar um espaço de aprendizagem prazeroso de onde os alunos não têm pressa para sair e que fazem questão de conservar. Trabalhar com educação no Brasil demanda uma dedicação imensurável, um trabalho de absoluta atenção, pesquisa e perspicácia. Exige renovar o olhar a cada dia, se envolver em discussões, abrir a mente e o coração. São exemplos como o da Souza Carneiro que mantêm essa roda girando, e que inspiram outras histórias incríveis pelo Brasil e pelo mundo afora.
Para ler a história toda e se inspirar também, acesse a matéria no Porvir