O uso da internet para encontrar um amor não é recente. Todos conhecem – e muitos usam – os sites de relacionamentos, os apps como o Tinder e tantos outros.
Reportagem recente do Daily Mail traz a previsão de que quatro em cinco pessoas solteiras irão procurar por um amor na internet até 2050. Além disso, a reportagem destaca que deverá haver um aumento na idade média de quem buscará por parceiros pela Web – o que parece natural, devido ao fato de que estamos vivendo cada vez mais (temos que cuidar da humanidade para continuarmos assim, no entanto…!).
O curioso é que também até 2050, prevê o pesquisador britânico David Levy, autor de “Amor e Sexo com Robôs”, teremos a possibilidade de nos casar legalmente com robôs (!!!).
Levy acredita que relacionamentos de humanos com robôs serão uma realidade porque até lá a nossa relação com as máquinas já estará bastante natural…
Pode até ser.
Porém… há muitas questões aí, é claro.
Mas vou falar de apenas uma: quem pesquisa inteligência artificial e robótica e também está ligado às questões filosóficas provavelmente conhece o hard problem da filosofia (da humanidade?!): o da consciência.
A ciência ainda não conseguiu concluir como e por que temos consciência.
Consequentemente, também não há previsão para que robôs tenham consciência.
Então, por mais que uma máquina seja capaz de reproduzir o cérebro humano com perfeição, lhe faltará algo. Esse “algo”, que tem a ver com a nossa percepção, ainda envolve bastante mistério.
E aí, talvez caiba a pergunta: você namoraria alguém, melhor dizendo, um ser sem consciência?
Neste link do Guardian há uma boa reflexão sobre que tipo de relacionamento as sex-robots poderiam substituir…
Imagem: Michael Prewett @ Unsplash