Sonia Livingstone: jovens do século XXI podem não ser tão ‘conectados’ assim

Tive o prazer de entrevistar uma das pesquisadoras que mais admiro no mundo da educação para o século XXI: Sonia Livingstone, da LSE, de Londres

Sonia tem um trabalho bastante voltado para a relação entre crianças e o mundo em que vivemos, a mídia, a internet, a carga de informações que recebem diariamente. Ela também se destaca pela dedicação a temas ligados à segurança no meio digital.

Sonia Livingstone, ao lado do especialista Julian Sefton-Green, realizou uma pesquisa que a levou a passar um ano convivendo com um grupo de adolescentes de uma escola londrina nos diversos locais por onde eles passam. O objetivo era observar esses jovens, suas interações com o mundo, a escola, os adultos e entre si, seja utilizando meios off ou online. Entender seus sonhos, expectativas, sua maneira de fazer escolhas. 


Para quem automaticamente imagina os jovens como pessoas reclusas, imersas em seus smartphones, incansáveis players de games online, ou para quem pensa que as interações online acontecem automaticamente sempre que há uma oportunidade, os resultados trazem conclusões que podem ser surpreendentes. Sonia e Julian escreveram um livro a partir da pesquisa, que conta em detalhes a vivência com o grupo de estudantes. Intitula-se “The Class: Living and Learning in the Digital Age“, e pode ser lido online.


A entrevista que eu fiz com Sonia resultou em reportagem publicada no Porvir, que traz alguns destaques interessantes do trabalho deles. 

Histórias que marcam e inspiram a educação (e a vida)

Recentemente, tive o imenso prazer de entrevistar a diretora da Escola Municipal Professor Souza Carneiro, que fica na Penha, Rio de Janeiro. Antes de entrevistá-la, não tinha noção do tamanho da surpresa que teria ao ouvir sua história. Cada vez mais amo esse aspecto da vida de jornalista: ouvir as pessoas e o que elas tem para contar. Isso enriquece, alimenta, nos lembra que o mundo é tão, tão maior do que imaginamos.

Eliane Ferreira tem 30 anos atuação na educação, 20 dos quais dedicados à gestão. Mesmo assim, ao chegar à Souza Carneiro, ela também teve uma surpresa. Encontrou uma escola marcada por um estigma e cercada de pessoas que, por um hábito já arraigado, acabavam sendo o principal fator a reforçá-lo. A escola era conhecida como “Carandiru” em 2012. No ano passado, 2015, foi reconhecida pelo MEC como uma instituição inovadora e criativa. O resultado veio após um trabalho de muito amor, paciência, dedicação e coletividade.

Foto do prof. Marcel Maciel

Publiquei uma matéria no Porvir sobre a escola, contando a história de reconstrução que a levou a se reerguer. A repercussão está sendo muito gratificante. Fico muito feliz, pois a história de Eliane, do professor Marcel Maciel, dos alunos e de toda a comunidade envolvida  na instituição merece ser conhecida e reconhecida por muitos. Foram eles que a fizeram deixar o estigma para trás, e se tonar um espaço de aprendizagem prazeroso de onde os alunos não têm pressa para sair e que fazem questão de conservar. Trabalhar com educação no Brasil demanda uma dedicação imensurável, um trabalho de absoluta atenção, pesquisa e perspicácia. Exige renovar o olhar a cada dia, se envolver em discussões, abrir a mente e o coração. São exemplos como o da Souza Carneiro que mantêm essa roda girando, e que inspiram outras histórias incríveis pelo Brasil e pelo mundo afora.

Para ler a história toda e se inspirar também, acesse a matéria no Porvir 

Educação ambiental: Eden Project promove a sustentabilidade

Em 2008, eu estava trabalhando em um projeto do British Council voltado para a conscientização de crianças e adolescentes quanto às questões ambientais. Tive, na ocasião, a oportunidade de conhecer o fascinante Eden Project, que fica no condado de Cornwall, região sudoeste da Inglaterra. 
 
Trata-se de um complexo formado por estufas enormes, que simulam dois biomas – Mediterrâneo e Floresta Tropical – e abrigam milhares de plantas de todos os lugares do mundo. Do lado de fora das estufas, outras espécies vegetais originárias da Inglaterra podem ser apreciadas pelo público. No Eden Project, o conceito de reciclagem é levado a sério e tudo é reaproveitado
 
Há alguns meses, entrei no site do projeto para ver o que estava acontecendo por lá. Encontrei roteiros de aulas que fogem do convencional, para professores que tenham interesse em levar os temas ambientais aos seus alunos e que estejam dispostos a uma nova abordagem. Como entusiasta da inovação na educação, compartilhei a informação no LinkedIn, uma vez que na rede há muita gente em busca de bons exemplos de ruptura capazes de resultar em novos modelos. Clique aqui para ler meu artigo sobre o Eden publicado lá.
 

Hoje, o Porvir publicou reportagem minha sobre o projeto. Clique aqui para ler a matéria.