Seleção de vídeos e links interessantes sobre comunicação de ciência; material complementar ao workshop de comunicação de ciência ministrado em Bragança, Portugal (3/maio/2023).
Por que você, pesquisador de mestrado ou de doutorado, deve estar presente nas redes sociais online?
A Web é uma das principais fontes de informação sobre ciência, tecnologia e saúde para o público não especializado. Também a Web é a principal fonte de *desinformação* sobre essas matérias.
Essa, em si, já é uma razão importante para os academicos fazerem parte do ecossistema de comunicação sobre ciência que a internet é capaz de proporcionar.
É importante, ainda, estar presente para:
– Fazer networking – Conhecer outras temáticas e áreas de pesquisa – Perceber onde estão os medos e receios do grande público – Perceber como aproximar a sua investigação do cotidiano das pessoas – Ganhar visibilidade com o seu trabalho
Para começar a estar mais presente digitalmente, três dicas que podem ser úteis:
1. Trace metas factíveis: metas complicadas demais acabam frustrando em vez de estimular – exemplo: um post por semana é muito melhor do que nenhum, mas postar todo dia pode ser uma meta difícil de alcançar num primeiro momento;
2. Planeje o dia da semana em que irá postar e produza seus posts com alguma antecedência (é interessante ter um “banco” de posts para ir usando, em vez de postar tudo de uma vez!);
3. Faça uma nuvem de palavras com os temas da sua pesquisa: ela vai te ajudar a se inspirar quando você precisar produzir um post e estiver sem imaginação.
No dia 3 de maio, estarei em Bragança, para o SciComPt – o Congresso da Rede de Comunicação de Ciência e Tecnologia de Portugal, ministrando a oficina “Usando a web para aumentar o alcance da sua investigação científica”, na programação pré-congresso, pela manhã. Junte-se a nós ou indique a alguém que você acredita que pode se interessar! Inscrições aqui neste link, com taxa reduzida até 17 de abril.
O mundo da ciência é fascinante e cheio de mistérios. Mas, ao contrário do que muita gente pensa, esse não é (ou não deveria ser) um universo exclusivo de cientistas, laboratórios e pesquisas acadêmicas. A função principal da ciência é contribuir para que a vida de todo mundo seja melhor. Então, se a ciência interessa a todos, ela deve ser acessível a todos…
É claro que muitas vezes é difícil entender de forma completa o trabalho acadêmico de determinados pesquisadores, o que é perfeitamente natural quando não se tem domínio de determinada área – e, claro, não se pode dominar todas as áreas. No entanto, existem formas bastante interessantes de trabalhar para tornar a ciência mais acessível a todas as pessoas, independente de suas trajetórias pessoais e profissionais. Eu tenho me interessado bastante por essas iniciativas, especialmente depois que ingressei no mestrado e comecei a viver intensamente o mundo acadêmico.
Foi então que me deparei com o festival Pint of Science, que começa esta segunda, dia 14 de maio, e vai até quarta, dia 16. Eu Não conhecia, mas o projeto já está em sua terceira edição no Brasil! Debates informais em torno da ciência, acompanhados de cerveja ou que cada um quiser beber, acontecerão em vários lugares, em 56 cidades do país. A programação pode ser vista aqui. Mas por que essa sugestão de beber cerveja enquanto se conversa sobre ciência? Bem, quem já foi a um pub, mesmo no Brasil, sabe que pint é um copo que tem uma certa medida, no qual frequentemente são servidas bebidas alcoólicas e, particularmente, cerveja.
Origem do Pint of Science
O projeto Pint of Science começou com dois pesquisadores da Imperial College, de Londres (universidade na qual, coincidentemente, fiz um curso em 2008, que foi incrível; fiquei feliz quando soube que a ideia surgiu lá!). Segundo o site do projeto, em 2012 os pesquisadores Michael Motskin e Praveen Paul, da Imperial, organizaram um evento chamado Encontro com Pesquisadores, no qual pessoas com Alzheimer, Parkinson, doenças neuromusculares e esclerose múltipla foram convidadas a conhecer os laboratórios dos cientistas e o tipo de pesquisa que eles faziam. “A experiência foi tão inspiradora que a dupla decidiu propor um evento em que os pesquisadores pudessem sair das universidades e institutos de pesquisa para conversar diretamente com as pessoas e assim, em maio de 2013, surgiu o Pint of Science”, conta o site.