Sobre o mestrado

O mestrado em Educação tem sido essencial para a minha trajetória. Faço, aqui, um balanço do que foi este meu primeiro semestre por lá. Sou grata a tudo o que estou aprendendo, estudando. Mesmo que em muitos momentos pensar sobre a realidade da educação no Brasil doa e gere desgaste, porque ela é dura, se é.

Em Educação Brasileira, matéria obrigatória do currículo do mestrado (e do doutorado na PUC-Rio para quem não fez mestrado em Educação lá), as aulas foram organizadas em quatro grandes tópicos, que contribuíram para que tivéssemos contato com algumas das principais questões relacionadas às características, aos desafios e às potencialidades da educação, no Brasil. Confirmei algumas impressões, refutei outras; desenvolvi um olhar mais crítico sobre os temas debatidos; notei, em vários momentos, que estava enganada antes de me dispor a pensar a fundo sobre determinado assunto, ou ao menos pensei “como não havia refletido sobre isso dessa forma antes?”.

As discussões acerca do público e do privado na educação brasileira me tornaram mais consciente a respeito das escolhas que faremos enquanto educadores. Vivemos em um país que pouco valoriza a educação, e que se apoia no terceiro setor e no incentivo do setor privado para, por exemplo, desenvolver ações que podem se tornar políticas públicas. De que maneira vamos nos inserir nesse processo? É preciso ter conhecimento para tomar boas decisões. Ainda que tomemos decisões erradas, o embasamento é importante para sabermos nos posicionar, para entendermos quais os obstáculos que precisam ser driblados, para sermos realistas sem deixar de ser sonhadores – o que, no caso da educação, considero essencial.

Os debates sobre o currículo escolar me fizeram pensar sobre como, após 12 anos inserida no mercado de trabalho e afastada da Academia, eu relacionava educação sobretudo a instrução, pouco refletindo da forma devida sobre como é essencial ampliarmos essa formação. Qual o papel da escola? Por que é importante criar condições para que os alunos aprendam mais e com mais qualidade do que simplesmente seria exigido no mercado de trabalho? Por que é preciso pensar no que significa qualidade na educação? Porque, como educadores, ou comunicadores a serviço da educação, preparamos pessoas para serem, e não para estarem. Vejo o mercado de trabalho como o “estar”, enquanto “ser” nós somos integralmente, o tempo todo.

Se a escola prepara para ser e não para estar, eis o motivo central pelo qual vejo importância na busca por uma relação viva entre escola e família. Uma relação pautada por objetivos comuns, e maiores do que as limitantes demandas do mercado que mudam a todo momento e que, de tão voláteis, tornariam qualquer conhecimento obsoleto mais rápido do que se poderia perceber, se a escola fosse feita para criar profissionais. Complementa essa discussão a reflexão acerca do currículo escolar: o que se ensina? Para quem se ensina? Michael Young, especialista em currículo, quando fala do “conhecimento poderoso” que o currículo tem a responsabilidade de proporcionar, lembra que a pesquisa é essencial para os profissionais de educação, que a Academia e a prática devem caminhar cada vez mais juntas, que não há um currículo apenas mas vários, ainda que haja diretrizes, caminhos, impulsionados por um currículo comum. No Brasil, um país onde “cabem” vários países, esse é um grande desafio.

Além desses grandes tópicos em Educação Brasileira, pude me aprofundar nas políticas públicas relacionadas à Educação a Distância no Brasil. Como são feitas, para quem são feitas, de que maneira contribuíram para chegarmos onde estamos quando o assunto é EaD (que, aliás, muito me interessa). Interessei-me por estudar como os alunos de EaD se sentem, como estudam, como se relacionam com o conteúdo, com as ferramentas que utilizam. Escrevi, junto com colegas de turma e a minha professora, que também é minha orientadora, sobre cognição, metodologias ativas, o aluno do século XXI, o professor desse aluno.

Por fim, ainda mergulhei no universo da pesquisa, para ficar esperta na hora de fazer um artigo, e a dissertação. Aprendi a fazer uma boa revisão bibliográfica – o que parece fácil, mas não é nem de longe, na minha opinião.

Enfim, muitos conhecimentos acumulados em seis meses. Indico demais um mestrado a quem desejar embarcar em uma aventura de conhecimento, com muita, muita leitura e bastante dedicação.

 

 

 

English for Children!

Estou a mil e, como sempre, envolvida com muitos projetos e ideias. Desta vez, está para sair do forno um projeto meu voltado para o ensino de inglês de crianças, e gostaria da ajuda de vocês para uma pesquisa rápida. Fiz um questionário para entender melhor a demanda relacionada ao ensino de inglês para crianças. Quem puder responder e enviar a amigos para que respondam também, agradeço demais!

O questionário está disponível aqui neste link.

Desde já agradeço muito!

Imagem: Pixabay

 

Young Yogis lança página no Facebook

É com muita alegria que compartilho aqui em meu blog um novo projeto em que estou envolvida, como consultora em comunicação digital e em educação. Trata-se dos Young Yogis, iniciativa de uma amiga-irmã, Flavia Delcourt. Professora e pesquisadora experiente, ela oferece aulas de yoga para crianças onde mora, no Sul, mais precisamente na cidade de Rio Grande.

Por meio de sua página no Facebook, lançada esta semana, Flavia passará a comentar sobre os benefícios da prática do yoga, que muito contribui para o desenvolvimento das crianças e jovens. Falará sobre atividades relacionadas a essa filosofia, publicará inspirações e compartilhará reportagens ligadas ao tema.

A página surge como uma grande contribuição a todos que desejam entender melhor como essa prática milenar pode ser tão útil em dias turbulentos como os que vivemos neste intenso século XXI! Convido vocês a curtir e acompanhar: facebook.com/youngyogiss

A identidade visual foi desenvolvida por Zeca Leporace, que, além de trabalhos criativos de design digital, produz luminárias a partir de folhas descartadas de palmeiras – conheça mais sobre o projeto dele também em sua página no Facebook.

Divulguem essas iniciativas para os amigos! Afinal, vale a pena ajudar a fortalecer essa corrente de boas ideias!

Pornografia: conheça esta campanha de conscientização

Se você estiver querendo acessar um site com conteúdo pornográfico e cometer um erro de digitação da URL desse site, poderá acabar conhecendo a campanha criada pela ONG Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde, em parceria com a agência brasileira Purple Cow.

A campanha foi criada para conscientizar as pessoas quanto à saúde mental e física da mulher na indústria da pornografia, algo que passa despercebido, mas que não deveria.

Isso acontece, por exemplo, se um internauta escreve www.pornaube.com. Ao fechar o vídeo que aparece, ele é direcionado para uma busca no Google pela “verdade por trás da indústria pornográfica”.

Vale conhecer a campanha e explorar alguns dos links. E compartilhar para que outras pessoas conheçam essa história, também.

Com informações do site Hypeness

 

 

O que eu diria a um estudante de Jornalismo

Os sites que anunciam vagas estão explodindo de oportunidades para estagiários de Jornalismo. Mas empregos para formados, experientes, estão cada vez mais escassos. Penso: “Que os estudantes não se enganem achando que o mercado está super aquecido”. Mas esse meu pensamento não significa desânimo ou que eu desencorajaria alguém que está na faculdade de Comunicação, hoje. Muito pelo contrário.

Scarlett Johansson em “Scoop”​

Eu só diria para ter atenção.

Para ser antenado, mas não decorando nomes de presidentes, ministros, governadores; não apenas sabendo a localização geográfica de cada país; não somente mandando bem no entendimento de crises econômicas e políticas. Diria para terem atenção ao mundo, num sentido mais amplo. Para ficarem de ouvidos e olhos bem abertos para tudo o que acontece, mesmo que esses “acontecimentos” não sejam considerados “notícias” como o “velho” jornalismo consideraria.

Diria que o que é notícia, aliás, pode estar mudando, junto com a profissão e com os trabalhos protagonizados por jornalistas. E lembraria que vale questionar o que seria notícia e o que não seria, hoje. Diria que o papel do jornalismo, e do jornalista, está se transformando, assim como o mundo em que vivemos – e que, então, é preciso preparar a prancha para surfar nessas ondas. Aprender a nadar, encher-se de coragem e ir ver o que é que há. Como um bom repórter, farejar as transformações, pensar sobre o futuro, e, acima de tudo, topar ser mais o que pergunta do que o que responde.

Se bem que isso não é novidade no papel fundamental de um jornalista. Talvez se o jornalismo tivesse continuado a fazer mais perguntas, empenhando-se em levantar questionamentos de qualidade, a profissão tivesse tomado um rumo diferente. Mas cabe a cada um de nós refletir. E resgatar as boas perguntas. E entender que quando elas são respondidas aparecem outras, e outras, e outras.

Isso me lembra que eu também recomendaria ao futuro jornalista que tivesse humildade.

Como o papel dos professores, por exemplo, o nosso está mudando, também. Antes emissor praticamente único de informação, o jornalista passou a dividir a função de informar com todas as pessoas nas redes sociais, em blogs, sites, em canais “não-profissionais”. Nas escolas, algo semelhante acontece com o professor, que de emissor inquestionável da informação passa a mediador, assumindo um papel mais horizontal em uma nova sala de aula em que os alunos também têm voz – e as discussões acontecem a partir de muitas, inúmeras fontes de informação.

Uma boa faculdade de Comunicação, como a que eu fiz, tem muito a acrescentar. Mas não se pode esperar sair dela para, enfim, entender o mundo e procurar seu lugar ao sol. Tudo se transforma a cada momento. E nós somos essa transformação.

Portanto, acompanhe isso. Seja parte disso.

Também diria aos estudantes: flexibilidade é palavra de ordem. Adaptação, também. Se você não gosta de mudanças, faça só uma, definitiva: pule fora da faculdade de Comunicação agora. Mas aí eu repensaria, e diria também: “Se bem que, em qualquer área profissional que você escolha, será necessário ser flexível e ter disposição para mudar”.

E agora uma coisa bem pragmática: se ainda há dúvidas, “mídias digitais” não são uma “área de atuação”. Não existe “gosto/não gosto de mídias digitais” ou “prefiro jornalismo esportivo do que trabalhar com digital”. Uma coisa não exclui a outra. Ou melhor, trabalhar com mídias digitais e não trabalhar com jornalismo esportivo pode acontecer, claro, mas trabalhar com jornalismo esportivo sem trabalhar com mídias digitais vai ser bem difícil. Se não gosta de mídias digitais, vou de novo recomendar que mude então agora. Mas para um outro planeta… pois aqui, como sabemos, elas estão para ficar!

Como a série “The Crown” pode contribuir para a nossa discussão sobre educação?

No episódio (muito bem) intitulado “Scientia Potentia Est”, da primeira temporada de The Crown*, série disponível no Netflix, a jovem rainha Elizabeth se dá conta de que talvez não esteja preparada como deveria para a função que precisa exercer. Educada para ser uma “princesa”, Lilibet, para os íntimos, não teve acesso à mesma escola das crianças e jovens “comuns”.

Com os soviéticos testando a bomba de hidrogênio e contando com um Primeiro-Ministro (Winston Churchill) e um Secretário de Assuntos Estrangeiros (Anthony Eden, que viria a ser o sucessor de Churchill) doentes, a rainha se vê às voltas com questões que não lhe acendem nenhuma fagulha na mente, uma vez que em sua educação formal fora privada de estudar matemática, física, filosofia, literatura, história e afins.

Preocupada com sua (falta de) educação, Elizabeth II – que viu sua figura se popularizar instantaneamente após a transmissão televisionada de sua coroação, num episódio incomum para os idos anos 50 e que mostra que ela viveu rupturas desde o início de seu reinado – pede que lhe seja arranjado um tutor. Ao professor, dá a missão de lhe ajudar a recuperar o que considera “tempo perdido”. Quer ser preparada para as questões e situações que tanto se ligam aos fatos históricos que ela se absteve de conhecer durante os anos em que deveria ter ouvido sobre isso nos bancos da escola.

Impossível não associar a angústia da rainha às questões atuais que pautam os debates sobre educação no mundo – ao menos para quem se vê debruçada sobre o assunto, como é o meu caso. Para que estamos educando as nossas crianças? Que preparo a escola formal é atualmente capaz de dar a elas, num mundo que caminha para a total digitalização, mas também carente de tantas coisas que um dia foram abundantes? Estamos preparando os jovens para o mundo em que eles vão viver, e que mal podemos prever como será? E nós, que vivemos hoje, fomos preparados para o que viria agora? E para educar os nossos jovens?

Por outro lado, a rainha acaba descobrindo que sua educação veio a lhe ser, sim, muito útil. Falha e insuficiente, talvez; inútil, não. Lilibet foi apresentada à Constituição muito jovem, e se aprofundou nos estudos de cada linha do documento – conhecimento que lhe veio a ser indubitavelmente útil, por exemplo, diante da necessidade de ser dura com o Primeiro-Ministro Churchill e deixar claro que ele nunca deveria ter lhe escondido a verdade sobre sua saúde; afinal, assim ele impediu que a rainha cumprisse com sua obrigação de garantir a atuação do (bom e saudável) governo.

E o que a constatação da rainha Elizabeth quanto ao valor de seus conhecimentos sobre a Constituição, ou a ausência de conhecimentos sobre guerras, conflitos, vitórias, fórmulas, filósofos e teorias tem a nos dizer? Talvez signifique que uma boa proposta, nesta turbulenta fase de transição em que vivemos, seja o equilíbrio entre o que se ensina hoje na escola, o que precisa ser ensinado e a forma de ensinar. Rever a forma de ensinar matérias, a conexão entre os assuntos, entre o passado e o presente; levar os alunos a perceber a utilidade daqueles conhecimentos.

Parece um bom caminho o da descentralização da sala de aula – que é, na verdade, uma tendência natural, não o resultado de uma decisão. Esse processo tem levado o o aluno a pensar mais, assumindo menos verdades como absolutas, questionando mais. O estudante precisa ser incentivado a pesquisar e a tirar as coisas a limpo por si mesmo, estímulo que deve partir de professores – cujo papel está mudando sensivelmente. É necessário ensinar a aprender, para que se aprenda a aprender, mais e mais, continuamente. Aprender, afinal, está e estará cada vez mais na pauta urgente de todos nós.

A forma, esta também precisa ser repensada, pois é sempre a melhor companheira do conteúdo, que, como dizemos, é o “rei”. Forma e conteúdo criam uma equação capaz de resultados surpreendentes. É o que sempre defendo quando explico os princípios da arquitetura da informação a quem se interessa em saber mais sobre os assuntos com os quais eu lido em meu cotidiano de trabalho. O que seria do conteúdo digital sem a arquitetura de informação?

Não há tempo para aprofundar esse tema aqui, o texto já está extenso demais. E o relógio faz tic-tac. Aliás, no episódio, a rainha tem alguns dias para entender – sem a ajuda do Google! – o básico do aparato militar até que se dê seu encontro com o então presidente americano Eisenhower. Para Lilibet, o futuro chegou sem pedir licença e mudou a ordem do dia, ou da lição. Para nós, não é diferente.

*Comecei a assistir a série incentivada pelo excelente artigo da jornalista Natalia Soares, publicado no LinkedIn e intitulado “O que a rainha da Inglaterra pode nos ensinar sobre trabalho”. Trabalhando com educação, não pude deixar de fazer links com os assuntos que povoam minha mente, e este artigo me surgiu à cabeça quase que completo ao assistir ao sétimo episódio. Agradeço à Natalia por ter me chamado a atenção para a série e por ter publicado o artigo, afinal, o meu não existiria sem o dela!

English Spoken! – Dicas para praticar inglês

Nas conversas com amigos, o tema tem vindo à tona: “Poxa, inglês é sempre exigido em vagas de emprego, mesmo para aquelas que nem são para cargos tão altos”. Pois é. O inglês é algo que todos nós temos que saber. Muitas vezes, o nível “instrumental” acaba servindo para o dia-a-dia. Mas, quanto melhor soubermos, melhor para nós.

Sempre fui apaixonada pela língua inglesa e, por conta disso, estudar inglês sempre foi natural para mim. Sou muito curiosa com o idioma. Comecei a estudar aos oito anos de idade e não parei mais, pois mesmo depois de terminar o curso do BRASAS continuei ouvindo, lendo, escrevendo e me atualizando, para evitar a perda da fluência e porque gosto.

Recentemente, descobri algumas ferramentas online que quis compartilhar por aqui, pois vivo recomendando para as pessoas que conheço, e as considero excelentes para ajudar a melhorar a pronúncia, aguçar os ouvidos e ampliar o vocabulário. Há também dicas para se preparar para provas e para dar aulas em inglês. Estão listadas abaixo, junto com outras dicas que me vieram à cabeça e não são necessariamente ferramentas online. Se tiverem outras, I appreciate se puderem postar nos comentários 😉 Também conheço excelentes professores de inglês, posso indicar para quem entrar em contato por mensagem.

1. FutureLearn

O site FutureLearn tem cursos gratuitos excelentes. Bem-estruturados, interessantes, com navegação intuitiva, são ministrados por diversos parceiros diferentes. Para o aprimoramento da língua inglesa, há uma série de cursos como “English for the Workplace” e o curioso “Exploring English: Shakespeare”, do British Council; um curso da University of Reading de redação de textos acadêmicos para iniciantes; cursos para quem dá aulas em inglês, como este de Cambridge voltado para professores de matérias como Matemática, História ou Ciências. Há diversos outros, basta fazer uma busca por ENGLISH ou usar este link aqui para acessar a busca que fiz.

2. Aplicativo BBC English Listening

Esse app disponível para Android ou iOS é ótimo para apurar os ouvidos, com destaque para o entendimento do inglês britânico. Oferece diálogos de seis minutos entre uma dupla, que fala rápido, como numa conversa real, mas com algumas inserções sobre vocabulário em que os participantes param para explicar sobre alguns vocábulos mencionados. Geralmente, os temas são leves e atuais, o que torna agradável ouvir os diálogos e não deixa essa atividade ficar maçante. Eu costumo ouvir no ônibus, na rua, na praia, enquanto cozinho em casa, enfim, em qualquer lugar ou situação.

3. Aplicativo Duolingo

O aplicativo, também em versões Android ou iOS, oferece cursos de inglês gratuitos, em pílulas diárias de 5 a 20 minutos, que são como metas que você estabelece para si mesmo e pode ajustar quando quiser. Tem teste de nivelamento para quem quiser começar a usar.

4. Livros para ouvir

Se você vai ler um livro e ele foi escrito originalmente em inglês, por que não se aventurar a ler a obra em sua língua mãe? Melhor ainda se puder fazer isso com livros digitais. Um e-book comprado para o Kindle, por exemplo, pode ser lido e ouvido ao mesmo tempo. Basta, para isso, você baixar o app do Kindle para o seu celular (Android ou iOS). Os livros que você comprou estarão lá, e os que tiverem áudio você poderá ouvir enquanto lê. Maravilha para a prática do idioma. Quando não puder ler e ouvir ao mesmo tempo, você pode também só ouvir o livro, onde quer que esteja.

5. O hábito de ter o inglês como idioma primário em tudo

Bom, esta não é exatamente uma ferramenta, é uma dica, e na verdade tem gente que sei que não vai gostar dela. Mas o fato é que tenho o hábito de deixar tudo meu – programas de computador, Netflix, e-mail, qualquer ferramenta online – com o idioma inglês como default. Não deixa de ser mais uma ajudinha, pois mantém a gente em contato com o inglês mais ainda do que já rola no nosso dia-a-dia tão influenciado por países em que a língua é nativa.

6. O hábito de falar com todo mundo

Sou aquela que não pode ver um gringo que puxa conversa só para treinar o inglês. Informações na rua? É comigo mesmo. Brincadeiras à parte, considero a vergonha a pior inimiga da prática do idioma. Liberte-se. Fale com quem você tiver a oportunidade de falar. Ouça com atenção, esforce-se em fazer o seu melhor para responder. Que mal há em errar? Melhor do que ficar calado e não aprender nada. E, além disso, todo mundo comete erros.

7. A série The Crown

É claro que assistir filmes em inglês em geral, ainda mais sem legendas ou com legendas em inglês, ajuda a treinar o idioma, aumentar o vocabulário e conhecer expressões idiomáticas. Mas, já que vamos fazer isso, sugiro fortemente a série The Crown (A Rainha), disponível no Netflix. Porque é maravilhosa e tem mil oportunidades de praticar o inglês com o sotaque bonito dos britânicos, sejam os da realeza ou súditos!

8. Os artigos do New York Times, BBC, qualquer site de notícias originalmente escrito em inglês

Ler notícias em inglês é bacana porque você acaba lendo sobre coisas sobre as quais já sabe algo, se você for minimamente bem-informado! Assim, com o contexto já conhecido, pode ficar mais tranquilo seguir adiante nas leituras e ampliar o vocabulário sem ter que parar para verificar o significado das palavras toda hora (tem gente que acha isso bem chato). Além de notícias, é claro que qualquer site de assuntos que interessem a gente pode ser legal para treinar, conhecer histórias bacanas e aprender novas palavras.

Sonia Livingstone: jovens do século XXI podem não ser tão ´conectados´ assim

Tive o prazer de entrevistar uma das pesquisadoras de que eu mais admiro no mundo da educação para o século XXI: Sonia Livingstone, da LSE, de Londres

Sonia tem um trabalho bastante voltado para a relação entre crianças e o mundo em que vivemos, a mídia, a internet, a carga de informações que recebem diariamente. Ela também se destaca pela dedicação a temas ligados à segurança no meio digital.

Sonia Livingstone, ao lado do especialista Julian Sefton-Green, realizou uma pesquisa que a levou a passar um ano convivendo com um grupo de adolescentes de uma escola londrina nos diversos locais por onde eles passam. O objetivo era observar esses jovens, suas interações com o mundo, a escola, os adultos e entre si, seja utilizando meios off ou online. Entender seus sonhos, expectativas, sua maneira de fazer escolhas. 

Para quem imagina os jovens como pessoas reclusas, imersas em seus smartphones, incansáveis players de games online, ou para quem pensa que as interações online acontecem automaticamente sempre que há uma oportunidade, os resultados trazem conclusões que podem ser surpreendentes. Sonia e Julian escreveram um livro a partir da pesquisa, que conta em detalhes a vivência com o grupo de estudantes. Intitula-se “The Class: Living and Learning in the Digital Age“, e pode ser lido online.

A entrevista que eu fiz com Sonia resultou em reportagem publicada no Porvir, que traz alguns destaques interessantes do trabalho deles. 

Estamos falando de pessoas [It´s all about people]

—  Português —

Comecei esta semana a ler o livro escrito pelo professor Sugata Mitra, intitulado “Beyond the Hole in the Wall“, que seria “Além do buraco no muro”, em tradução livre (é muro, e não parede, porque assim foi feita a experiência dele, com muros em comunidades de baixa renda). Ainda estou no comecinho, mas já que vi que Mitra promete desvendar muitos dos mitos relacionados à inserção da tecnologia nos processos educacionais.

Por exemplo, logo no primeiro capítulo ele afirma que recursos como os slides do PowerPoint e a tela de um projetor não foram criados para ser usados em sala de aula, como uma maneira de transformar a experiência de aprendizagem. Eles já existiam, dentro do contexto de atender às demandas de executivos em empresas, e passaram a ser oferecidos às escolas pelas empresas responsáveis por vendê-los, após elas se darem conta de que a educação seria seu próximo grande mercado.  Uma crítica contundente, que faz pensar, e que faz todo o sentido.

De fato, na minha avaliação é bastante complicado “encaixar” recursos da tecnologia como esses no contexto da educação de uma maneira que de fato faça diferença no cotidiano dos alunos. Na verdade, muito provavelmente é impossível que algo assim, e feito dessa maneira, tenha relevância para o aprendizado. A tecnologia, na verdade, é apenas uma das bases das transformações pelas quais a educação vem passando.  E ela precisa ser pensada e projetada para cada necessidade. Não dá para simplesmente trazer recursos criados para outras finalidades para o contexto educacional e esperar que haja qualquer mudança profunda a partir disso.

No centro de está a inovação e, acima de tudo, estamos falando de pessoas. O que funciona é o que melhor atende às necessidades das pessoas, da forma mais rica possível. Falamos muito sobre isso no Amplifica, encontro que reuniu educadores Google no Rio de Janeiro sábado passado e para o qual fui convidada pelas organizadoras. Muito grata pelo convite, aliás! Foi uma super oportunidade de conhecer pessoas com empolgação e preocupações semelhantes às minhas, com relação à educação.

beyond

— English —

This week I started reading Sugata Mitra´s Beyond the Hole in the Wall for my Kindle. I´m still in the beginning of the book, yet already noticed the professor´s willingness to demystify many of the concepts usually linked to the uses of technology in the learning context.

Already in the first paragraph, Prof. Mitra argues that resources like Power Point slides and LCD projectors weren´t originally developed for the educational context, as a way of transforming the learning experience. Indeed, they were developed to be used by executives at work. Nevertheless, now these devices´ sellers try to sell the same resources to a new and profitable “market” they´ve discovered, the educational market.

Indeed, in my view, it is quite complicated to make technology resources like these “fit” in the learning processes needs, in a way that really makes a difference to the students´ lives. I would venture to say it is impossible that something like that occurs. Technology, as a matter of fact, is one of the foundations of the transformation which learning has been going through. And it needs to be thought of exhaustively, as well as designed according to the education´s needs. We can´t simply bring to the learning context resources that were created for another purpose and then expect them to result in a relevant, deep change to the learning process.

Innovation is the core of the learning process transformation. And, above all, it is about people. What works is that which meets people´s needs in the richest, most fun and more efficiently way. This was one of the main topics of “Amplifica”, an event that brought together educators from Google and from all over Brazil to talk over education to which I was invited. I immensely appreciate the invitation. It was a great opportunity to meet people as excited and concerned with education as I feel I am.

Amplifica Rio acontece dia 19

No sábado, dia 19 de novembro, acontece no Rio de Janeiro o Seminário Amplifica, organizado pelo Google Innovators e Google Educação. O seminário terá como palco o colégio São Paulo, em Ipanema, e focará nas discussões envolvendo tecnologias digitais e educação e nos desafios enfrentados pelos educadores em meio a essa transformação.

O encontro será uma oportunidade para entender o uso das ferramentas Google na educação, por meio de palestras ministradas pelos próprios Googlers – entre eles, as coordenadoras do evento, Carla Arena e Samara Brito. Para ver todos os palestrantes, acesse este link. Para se inscrever, acesse https://www.sympla.com.br/amplifica-rio__90745

E nos vemos no #amplificaRio!