Anúncio da Coca-Cola feito com IA nos instiga a pensar nos limites entre arte e sistemas artificiais

No anúncio acima, a “Moça com brinco de pérola” de Vermeer abre uma garrafa de Coca-Cola depois de ela passar por diversas obras de arte que fazem de tudo para não deixar a peteca, ou melhor, a garrafa cair. O anúncio foi feito com inteligência artificial e também com filmagens reais e efeitos digitais diversos.

O interessante é que, em meio às questões que pairam sobre as artes e a IA, se a criatividade será estendida ou ofuscada pela IA, se o que a IA faz é arte ou não etc, esse anúncio chega lembrando que uma pode viver com a outra e gerar algo fabuloso. Isto é, arte e IA podem ser uma mistura interessante. Mas é isso: o anúncio é uma obra-prima em si, mas envolveu intenso trabalho e empenho. O esforço criativo não apenas dos artistas cujas obras de arte aparecem no vídeo, mas daqueles que fizeram o vídeo, claro, continua tendo altíssimo valor. Isso diz algo sobre a discussão quanto à IA “dominar” ou “substituir”, ou eventualmente expandir e enriquecer possibilidades.

Centro de Ciência Viva de Bragança, Portugal

Os centros de Ciência Viva em Portugal formam uma rede que conecta empresas, escolas, universidades, politécnicos e unidades de investigação localizados na região em que cada centro se encontra. São 22 centros, no total, e infos sobre eles podem ser consultadas em https://lnkd.in/dQSG2YFt.

No dia 3 de maio eu ministrei uma oficina sobre comunicação de ciência usando a Web que aconteceu na Casa da Seda, em Bragança, região nordeste de Portugal. O local é parte do Centro de Ciência Viva de Bragança, onde aconteceu a edição deste ano do SciComPt.

A facilitadora Camila Leporace com a turma participante do workshop sobre comunicação de ciência usando a Web em Bragança, Portugal, maio de 2023

Na Casa da Seda, pode-se compreender o ciclo de vida do bicho-da-seda e conhecer a indústria de produção artesanal da seda, que teve grande importância para a economia local em outros tempos.

No outro pavilhão do Centro de Ciência Viva da cidade, pode-se interagir com diversas temática da ciência por meio de games, quebra-cabeças, dispositivos de realidade virtual, exposições itinerantes e outras atrações. O lugar é incrível, e vale demais a visita, especialmente para despertar nas crianças o interesse pela ciência.

Serviço:

Centro de Ciência Viva de Bragança, norte de Portugal

Terça a Sexta – 10h-18h
Sábados, Domingos, Feriados – 11h-19h
Encerrado à Segunda
(Última admissão meia hora antes do encerramento)
O Centro encerra ao público nos dias 1 de Janeiro, 24, 25 e 31 de Dezembro.

https://braganca.cienciaviva.pt/

Breve ideia que me deixou feliz… e então compartilho!

Tive o prazer de participar do XI Curso de Verão promovido pelo INCOg, da PUC-Rio, apresentando ideias da mente estendida. Sempre ficava incomodada com as referências bibliográficas apertadinhas em letras miúdas ao final da apresentação e que não facilitavam em nada para quem quisesse se aprofundar.

Desta vez, resolvi então inovar: fiz um post no meu blog contendo todas as referências, inclusive livros e imagens usados ou mencionados na apresentação, e gerei um QR Code e um link rápido para ele.

Quem não assistiu mas tem interesse, pode dar uma olhadinha se quiser. Aqui está o post.

Fiquei feliz de ter tido essa ideia, achei uma boa solução que pretendo adotar daqui por diante. Ah, e não foi do nada: eu tive essa ideia quando circulei por uma exposição esta semana em que o artista (Jens Müller, que está expondo aqui em Coimbra no Centro Cultural Penedo da Saudade; veja o Insta dele) colocou nas paredes do centro cultural o QR Code levando para o Instagram dele. Nada se cria, tudo se recria, e isso está totalmente alinhado com a tese de Andy Clark. Nossa cognição se forma em camadas, aproveitamos tudo que está no entorno para avançar de “nível” cognitivo.

Os museus e a inteligência artificial

Recentemente, tive o prazer de entrevistar profissionais do Museu do Amanhã e da Pinacoteca de São Paulo, além de um especialista da IBM, para escrever sobre o uso da inteligência artificial nesses dois museus. Trata-se de um recurso múltiplo, capaz de aproximar o público das exposições e envolver os visitantes em uma experiência diferente.

Há muitas incertezas no cenário do uso da I.A., seja em museus ou em qualquer contexto. Mas não há dúvidas de que a tecnologia abre vários caminhos novos para que o público explore formas inovadoras de se relacionar com as exposições nesses espaços de uma maneira mais ativa.

As entrevistas resultaram em uma matéria publicada no site Porvir.

Leia a matéria 

Foto do post: Guilherme Leporace/Museu do Amanhã